segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Não estou podendo lidar com esse sentimento

Eu realmente não posso...
Minha mente as vezes é como uma valentão que chega do nada e me quebra por alguns trocado, algum lanche... Que no caso o lanche é a minha paz, o que iria me alimentar pelo resto do dia... Eu não posso com isso...



A imagem dele não está fisicamente aqui, mas eu vejo ele em todo lugar, na agua escorrendo lentamente das minhas mãos, no sol fugindo do céu depois de mais um dia sem sentido, nos olhos das pessoas perdidas, no som que o ar sal do meu pulmão de forma pesada, no como eu posso ouvir meu coração batendo através de um veia na minha cabeça (isso vai explodir em alguma hora, eu vou cair feito um boneco de pano ridículo em plena avenida, porque eu quero arrasar quando morrer, causando outras mortes em um acidentes de carro causado pelo meu corpo no chão, por causa de um derrame... Ah nossa, eu foi especifica demais, era pra ser só um observação, me perdi), nas primeiras estrelas do céu, nos pássaros desafinados se despedindo do dia (parece ele desafinando), nos raios de sol atrás das arvores, no meu cansaço e na sensação de nunca estar em casa, no som dos meus passos perdendo a velocidade, eu nunca vou estar em casa, na sensação de estar perdida mesmo sabendo para onde eu tenho que ir, na minha pele queimando no sol, nos raios entrando dentro dos meus olhos e me fazendo ver miragens de fantasmas dançando em fogo, eu um tanto feliz de chegar em casa, mesmo sentindo que não é um lar, na sensação de insatisfação por mais um dia sem ver ele, na sensação de nunca poder ver ele de novo...
Eu pego o celular e mando uma mensagem qualquer para ele, e ele ignora, ou dá uma resposta qualquer, para ele sempre tanto faz... Para mim tudo importa... Eu nunca tenho assunto, eu nunca tenho alguma novidade que vai despertar alguma atenção dele, eu aceitei a realidade que não posso ser interessante a ele como ele é para mim...

Eu gosto de 95% do que ele é atualmente, e isso é muito difícil para uma pessoa como eu que costuma achar o mundo um monte de merda flutuando no espaço, eu gosto desde coisas fúteis, de como ele se parece um lobo molhado no inverno, detalhes de como ele anda engraçado (já jogou The Sims 2? Sabe quando o avatar homem é abduzido e volta gravido de algum alien? E aí quando a barriga cresce ele passa a andar meio estranho? Ele anda assim... Deve ser por causa da mania de andar com guitarras... Eu acho... ... ... Ou talvez ele esteja gravido), no como ele trata com paixão as coisas que ele ama, mesmo eu sabendo que nunca vou fazer parte delas, como ele se dedica a essas coisas, mesmo de novo, eu sabendo que nunca vou fazer parte disso, no como a voz dele falando parece que vai parar a qualquer hora, mas quando ele canta, parece que nunca vai parar, no como ele achou o jeitinho dele para tentar insistir nos sonhos dele... No como ele me faz sair da minha zona de conforto... Espera... Não, eu odeio isso... Eu... Não deveria amar essas coisas... Oh...
Esse amor é tão bonito como um acidente de carro, na qual só uma pessoa sobrevive, naquelas cenas aonde a pessoa sai dos escombros, com a luz do sol queimando por traz e deixando tudo com um tom dourado, a pessoa renasce, ela está grata por estar viva, mas então ela olha em volta e vê tudo o que perdeu, dê repente estar vivo é um peso, ser a pessoa viva que vai carregar o peso da perda, a pessoa que vai carregar a responsabilidade de um acidente que não foi sua culpa, e sozinho... Aquela solidão misturada com desespero, de estar sozinho na estrada... É muita coisa para lidar, então a pessoa entra em choque, o cérebro tenta desligar as emoções para que ela possa lidar melhor com tudo, ela se sente morna e perdida... Eu sei que parece exagero, mas... É isso... Estou feliz por amar ele, é um sentimento bonito, mas ele não me querer é um acidente...
Oscilar entre continuar a correr atrás da pessoa, ou fazer de tudo para esquecer, é um escolha diária, e eu sempre escolho entre continuar a amar, existem diversos motivos, a pessoa que ele é não apenas me agrada, me completa, me enche, me transborda, me aflora, mas existe um motivo para desistir, um pequeno e amargo "não"... É nesses momentos que eu vejo que o "não" dele tem mais poder de qualquer "sim" meu, eu posso oferecer a ele tudo o que eu tenho, mas se ele negar, tudo passa a valer nada. Se eu junta todas as pérolas do mar, todas as ostras, passar o dia todo andando e pegando cada uma com delicadeza, usando cada segundo para torna-las perfeitas... Se ele não querer, é como se tudo aquilo fosse anulado. E não importa se outra pessoa querer, eu quero dar isso a ele, apenas para ele, não importa se outra pessoa dar valor, a nota final é dele.
Mas o pior é saber do não, me sinto uma criminosa quando sonho com ele, porque eu sei que não vai acontecer, já sei a resposta dele, o veredito final. Quando minha mente tenta me consolar, ela entra em um labirinto de possibilidades, minha mente quer me dizer que "sim", tem jeito, algum jeito... tenta transformar o "não" em um "talvez", tenta procurar sinais pequenos que seja, tenta não fazer a esperança morrer, me faz cair nisso, me faz procurar isso, porque dói menos, é anestesia da pancada, é a anestesia da pancada que eu me faço tomar todas as vezes que eu volto a insistir, é burrice pura.
Eu sinto que as vezes sinto que nada nesse mundo possa me tirar do sério (ao não ser quando eu estou de tpm), mas ele consegue, só por existir, só por ser ele, é como se minha gravidade que era para me proteger disso, puxasse ele, fizesse se colidir comigo, e eu gosto disso, gosto de como as ideias dele provocam a minha, como ele me provoca questionamentos, me provoca mudanças... Mas... Ele disse não.
Ele disse não... Eu odeio isso... É nesse momento que eu sinto que odeio ele, e eu odeio isso... Mas estou passando a gostar... As vezes vejo que não posso lidar com esse acidente do modo de que as pessoas esperam que eu faça... Elas dizem "sai dessa", "sinto muito por você, mas você precisa sair dessa", "apenas o exclua", "vá para longe, longe de tudo que lembra dele", me fala, se o mundo todo me lembra ele, se tudo que é bom, se toda a desgraça lembra ele? Eu deveria flutuar para o espaço? Mas lá também lembra... O brilho obscuro do espaço é da mesma cor dos olhos daquele desgraçado, ele é aquele buraco negro que suga toda luz e converte em porra nenhuma, ele é aquele planeta Netuno, gelado, mas em caos com ventos mais rápidos que sua mãe quando vê macho na rua... Sabe, eu vou explodir tudo, até sobrar eu e ele, ai quero ver ele dizer não... Mas do jeito que ele é, capaz de dizer “não” com todas as letras...
Aquela rua... Aquela bendita rua... Porque eu fui passar lá naquele dia quase as seis? E porque eu sempre passo lá? Foi lá que eu vi ele pela primeira vez... Foi lá que eu troquei uma paixão por toda minha sanidade, foi lá que eu virei um zumbi... Culpa dele? Ele diz que não, serio, ele argumenta qualquer coisa para escapar de qualquer culpa... Ele é insuportável... Amo isso nele... Que desgracioso...
Mas serio... Não dá mais, eu me rendo... Cadê o botão de desfazer, a coisa que apaga tudo, ou que volta para o ultimo salve... Quero voltar bem antes... Pois se eu souber que ele vai estar naquela rua... Capaz de eu passar lá de novo...
É como estar no deserto... Ele é a agua que eu procuro, e tudo que eu vejo é a merda de uma nuvem sozinha no céu, não posso alcançar, tudo que eu tenho é areia, areia que eu tenho de usar para construir alguma montanha para chegar perto dele, e a areia escorre pelos meus dedos e se perde no ar e se junta ao chão... Migalha por migalha... Eu precisaria de agua para fazer uma montanha e chegar lá... Mas ah! O bastardo não vai liberar uma gota... Ele vai ficar lá na posição dele, sozinho no céu azul de tom irritante, nem para fazer sombra, nem para chegar mais perto... Ele vai assistir eu secar e morrer de cede, então meu corpo ira virar pó e se juntara com toda a areia e caminhar ao esquecimento...

Eu não posso...
Eu vou deitar na estrada e esperar outro carro esperar, não posso lidar com esse acidente, vou esperar um caminhão passar e levar meu corpo para longe... Para perto dele...
Mas não, ele disse não...


Está vendo toda essa loucura escrita aqui... Ele sabe... Sabe o que ele disse? Ele disse não...
Ele nunca repensou isso, foi um não e ponto final...

Talvez ele não mereça meu sim, pois quem diz não... Desvaloriza um sim...
Outra coisa que eu sinto que não posso...
...

Espero que ele esteja certo sobre esse não, imagina eu finalmente deixo esse sentimento morrer e ele resolve voltar atrás? Mas não vai acontecer... Não devo ter esperanças... Porque não há nada depois que algo morre... E algo nunca nem se quer nasceu dentro dele em relação a mim...
O que existe depois do tarde demais?

Isso tem que acabar...

Odeio tudo isso...

Um comentário:

  1. Ah Cecy, como eu queria poder lhe abrir os olhos e mostrar para você a realidade. Sua mente criou seu próprio calabouço, te trancou, e jogou as chaves fora. Vejo você rastejando, tentando achar uma maneira de sair, mas aquela cela, virou teu mundo e o resto lá fora não faz questão. O mísero prato de água rasa, e alguns grãos de comida, lhe faz bem. Tu amou o calabouço, mais do que a tí mesma e tua liberdade de amar algo concreto, e recíproco. Saia desta logo, minha amiga.
    Lhe amo <3

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