Quando qualquer coisa se envolve ou
se transforma em alguma ideologia... a coisa estraga, isso é um fato, porque começam a padronizar a porra
toda, isso na tentativa de satisfazer algumas pessoas, ou alguém de um modo bem
egoísta, mas que consegue fazer as outras
pessoas acreditarem que é “o certo”, que todo mundo precisa... Daí tudo fica
quadrado, cheio de regras, cheio de ter que ficar dando satisfações... E aí não
tem como não se amargar para isso...
As plus size era
a promessa de adicionar novos tamanhos a moda, a alvo era bem na parte mais
badalada da moda, na parte que aparece na mídia, aonde as consumidoras veem e
compra, isso na justificativa de que o mundo da moda andava muito padronizado
com suas modelos magras... E que mulher real não é magra (eeerrrr)
Plus size foi o termo “bonito” que acharam para substituir o "roupa para gordo", já que
evitam tanto a palavra "gorda",
querem "gordinha/cheinha/plus", como o
movimento é delas, as regras sociais é delas também, de acordo com alguns blogs a numeração ou é acima de 40
- só que ai decidiram que não era “gostosa”
o suficiente? Não, apenas não era gorda
“o suficiente” para quem adotou o movimento se sentir representado... E como é
algo em busca de auto-estima sintética, é preciso o tempo todo de massagem
no ego... O que de alguma forma ter meninas
menores que ela é uma ofensa.... - Então atualmente os blogs dizem que o número
é acima de 44
Nos outros países eu percebi que já levam o termo plus size de forma mais leve do que por
aqui, o termo foi agregado a qualquer mulher com medidas diferente das
convencionais modelos e misses, uma mulher de quadris
largo, sem ser necessariamente acima do peso, lá fora é tamanho plus size... E
isso deixa muita gente puta, sabe, as pessoas que aderiram ao movimento? Por
que? E era exatamente o que eu estava me perguntando...
De uns tempos para cá a mídia começou a refletir o quando
as seguidoras do movimento crucificam mulheres de corpos não tão gordos, ou o maior crime, eram gordas mas emagreceram...
Numa tentativa de expulsa-las
socialmente no meio delas...
Pera... Volta no tempo... A coisa do plus size não era adicionar mais diversidade a mídia da moda? Por
que diabos isso mudou? Porque barrar alguém por ser de um jeito não é meio que
uma contradição ao o que elas pregam?
Olha isso:
Carla Manso é Modelo e miss
SP 2012, na época que ganhou o título e por um bom tempo ela vestia manequim
50 e pesava 98 quilos, ela estava obesa, acontece que ela percebeu que a vida
dela estava difícil por causa do sobre peso. Diz ela que perdia o folego
facilmente, apenas comia duas refeições grandes por dia e sentia que faltava energia
para cuidar do filho. Então ela decidiu procurar melhorar e acabou perdendo 10
quilos, nisso saltou no manequim 50 para 44 e conquistou mais saúde e beleza...
Acontece que as fans dela ou viraram as coisas ou a trataram mal, acusaram ela de não ser mais gorda (como assim não mais
gorda?), de trair o movimento, de ser falsa... Tudo isso porque ela foi buscar melhoria
de qualidade de vida dela...
Não só isso, como os trabalhos das modelos de plus size dependem do movimento e da militância,
ao perder fãs e medidas, ela começou a sentir que os trabalhos estavam
diminuindo, ou seja, ela começou a ser boicotada...
Fico imaginado se as pessoas que condenaram ela, acreditam
que não existam pessoas que usam 44, ou que por elas não serem desse número,
essas mulheres não vão precisar ser representadas... Sendo que os únicos números
que são fácies de achar em lojas é o 38 e o 40 (o 42 já um pouco mais difícil de
achar), números como 36, 44, 50 e acima são difíceis...
Uma coisa é, o movimento é delas, eu acho que elas estão
na “razão delas” de quererem apenas pessoas com um nível de obesidade, se é isso que as
fazem se sentir representadas, se é isso que o
movimento dela quer... É a razão delas... Mas eu questiono se isso de fato é certo, se uma mulher que procura
emagrecer e ficar melhor merece ser maltratada?... Procurar saúde não é algo
bom? O ideal da vida não é procurar realmente se sentir bem? (só que em
questões de ser saudável, elas não aceitam que diga que estar acima do peso não
é saudável, elas ficam bravas, porque se auto consideram saudáveis, mesmo com o
fato cientifico que gordura desnecessária no corpo faz muito mal)
Olha esse outro caso:
Maria Luiza Mendes é uma linda modelo plus size há tempos (eu costumo não achar pessoas ou pessoas gordas bonitas, mas ela eu tive
que reconhecer), e então teve a oportunidade de sair na c&a, e fez um bom trabalho....
Mas as militantes não aceitaram, porque ela não é obesa,
apenas gorda, e isso doeu em muita gente, falaram mil coisas ruins sobre ela,
eu vi comentários agressivos em relação a ela e a c&a, mas os que mais me chamaram atenção foi a manipulação das
militantes mais famosas no meio, que tentaram fazer com que engolissem
a ideia de que Luiza não é gorda, é normal, e por isso é ofensivo colocar uma
mulher como ela na capa de uma campanha
Luiza se mostrou uma mulher inteligente e respondeu as críticas:
“Hoje vi minhas fotos da campanha da C&A virarem polêmica no Estadão, Veja, e outros sites de notícias e blogs.
Eu tenho 1,73m e peso 85kg. Meu IMC é de 28,40, portanto sou considerada uma pessoa acima do peso. Segundo o dicionário Michaelis, gordo é quando há excesso de tecido adiposo; algo de dimensões avantajadas, bem nutrido. Segundo o Google: que tem gordura (‘tecido adiposo’) ou tem uma quantidade de gordura acima da usual; obeso, cheio, corpulento.
Então queria dizer, C&A, você está …………………………CERTA!
Eu também sou gorda. Talvez menos gorda que você, só gordinha, ou mais que você. Mas o fato é que eu também sou gorda. Isso não é ofensivo para mim. É uma característica física minha. Li muito nos comentários que eu sou uma pessoa Normal. Ainda bem né gente?? Hahahaha Mas não entendi…Se eu sou normal, quem foge disso é anormal?
Queria dizer que me sinto feliz em estar nessa campanha. O conceito dela foi valorizar a pluralidade e as variadas formas de beleza, por isso topei participar.
Me sinto feliz cada vez que vejo uma marca que não trabalhava nesse segmento, começar a trabalhar. Mesmo que ela não vá até o tamanho 60, mesmo que ela tropece no início,erre na modelagem… É o começo para que ela chegue lá um dia, e consiga abranger todos os tipos de corpos. É o começo para que possamos acabar com as divisões, com os padrões, com a objetificação da mulher.Há 5 anos venho militando por essa causa e acredito que toda representatividade é válida.
Gostaria de agradecer a todos que se manifestaram a favor do respeito as mulheres.Elogios e críticas construtivas sempre serão bem vindas em todas as empresas e profissões.”
Luiza acertou, ela é uma mulher gorda sim, e ao contrário
de muitas "modelos" que eu vejo saindo por ai, ela tem talento
fotográfico, não querendo tornar a comparação um foco, mas creio que ela foi
escolhida por ser bonita e fotogênica, já que ser gorda, ela é, de fato, mas além
disso ela consegue ser natural nas fotos e parecer confortável nas roupas, o
que eu acho que é essencial para um modelo de roupas de catalogo... E eu não vejo
isso muito em outras modelos plus size, parece que
para ser esse tipo de modelo e parecer em revistas precisa ser obesa e ter
fans, essa segunda parte elas conseguem “lacrando” (de forma forçada) na
internet... Dai entalam de maquiagem e saem para “trabalhos”... Para mim é ruim, porque seria mais valoroso se apenas
meninas com real talento fossem colocadas para representar, se colocam qualquer
um, sem real talento, apenas para tentar baixar um tal padrão de beleza, só
para fazer algumas se sentirem bem de forma sintética, faz tudo isso parecer
qualquer coisa (forçada)... Mas o movimento não é meu, né... Mas... Luiza é
gorda, tem talento... Qual o problema? Ah...
Essas mulheres que adotaram essa ideologia parecem estar
querendo alargar os tamanhos, apenas isso, agora ser gordo, é ser normal, mas
se não tiver barriga, você é magra, mesmo tendo uma quantidade de gordura alta
no corpo, se você é obesa, é apenas "cheinha" e se está na obesidade
mórbida, é gorda... Ou gordinha... Serio gente? Vocês
têm noção de o quanto isso não é saudável?
Estão fazendo exatamente o mesmo que combatem, mas pintado de rosa, vocês dizem
que querem combater a mídia dizer que a mulher não é magra o suficiente,
dizendo a ela que não é gorda o suficiente?
Cadê as campanhas de aceitação real? Cadê a busca pela
saúde? Isso não deveria ser normal
Como vocês
querem ser realmente aceitas se praticamente obrigam a todo mundo a engolir a
força que vocês têm que serem vistas como bonitas, e se caso tiver opinião contrária é agressão ou incentivo a anorexia...???
Aliás, apenas pensar em emagrecer atualmente já é
anorexia... Serio??
Jura que a auto estima de vocês é tão frágil que precisa o
tempo todo de atenção e elogio? Que qualquer pessoa diferente de vocês se caso
elogiada machuca?
Uns alguém tem que repensar as regras de um certo
movimento...
Como eu disse, o movimento é delas, não
cabe a quem não segue esse movimento ditar mudanças, mas a minha crítica é: Quando mais vocês fazem regras malucas, tudo para massagear
o ego frágil de vocês, mais o movimento parece sem sentido, mais perde o
respeito, tudo fica parecendo uma grande palhaçada, um puta de uma forçação de
barra cansativa, mais as pessoas vão querer ficar longe disso, com toda razão, e
nisso apenas gente desesperada vai se unir a esse movimento... Se é isso que
procuram, estão no caminho certo...
Oi Cecy!
ResponderExcluirSou do tempo em que você entrava na C&A e não encontrava nada maior que 40.
Eu era uma adolescente gorda, e todo ano ia lá na C&A do shopping procurar uma calça jeans 40 para ir à escola, depois de vasculhar a loja inteira, achava 3 ou 4 peças, aquela que entrasse, passasse pelas coxas e fechasse o zíper, eu levava, mesmo com 4 palmos de bainha sobrando...
Quantas vezes eu chorei naqueles provadores mesmo?
Minha mãe que estava dizendo-me que eu era gorda e que a culpa era minha por estarmos ali o dia inteiro, na verdade era obesa mórbida já nessa época, e quando achava uma roupa que talvez pudesse lhe servir, que ia olhar preço, estava escrito na arara que eram roupas de gestante, e tinha sempre alguém rindo, geralmente alguma funcionária da loja que sacava a piada.
Era humilhante para nós duas.
Só o fato da empresa estar fabricando roupas maiores, e reconhecendo que existe sim gente gorda que tem dinheiro e precisa se vestir bem, é um grande avanço, uma conquista que deveria ser comemorada.
Felizes os que vivem os tempos atuais, que independentemente dos seus tamanhos, não passarão pelo constrangimento de mandar fazer um guarda-roupa inteiro sob medida na costureira, pois encontram roupas que lhes servem nas lojas e na internet!
Eu já explanei minha opinião sobre ser gordo ou gorda.
Gordura demais é obesidade, e obesidade é doença que tem tratamento com acompanhamento médico: reeducação alimentar, exercícios e em casos extremos a cirurgia de redução de estômago.
O mais bizarro é que tem gente que consegue apedrejar quem resolve fazer a redução de estômago, (imagine alguém te anestesiando, cortando sua barriga, arrancando um pedaço do seu estômago e em alguns casos arrancando um pedaço do seu intestino, e depois te costurando por dentro e por fora, pense na dor) julgam a cirurgia como desnecessária, como frescura de gordo preguiçoso ou invasiva demais, como se essas pessoas fossem obrigadas a serem gordas para sempre, como se elas não merecessem uma segunda chance de viverem com saúde, como se não houvesse o preço de comer pouco para o resto da vida, isso é tão desumano.
Por exemplo: a Fabiana Karla que fez redução de estômago e foi criticada por ter abandonado a bandeira dos gordos felizes, ela até soltou uma nota em que dizia ser uma questão de saúde...
https://www.instagram.com/barbiefat/
Aconteceu com o Leandro Hassum um episódio triste, ele fez a cirurgia e emagreceu (está um gato agora), e quando postou uma foto disseram que ele estava "feio", e ele mandou um "foda-se".
https://www.instagram.com/leandrohassum/
Enfim, acho que falta uma certa conscientização coletiva de que a obesidade mata, e que independentemente do método utilizado, todo gordo que consegue emagrecer deve ser louvado como herói de sua própria vida.
Beijinhos ^^
Cecy você tem toda a razão eu ainda estou tentando digerir o que eu acabei de ler as pessoas que deveriam apenas modelar para revistas de moças e moços de tamanho GG ou G estão incentivando as pessoas a engordarem...ate imagino a cena futuramente nas escolas,uma garota gordinha que não se encaixa no grupo das meninas magras porque não e magra o suficiente ou no grupo das obesas porque não e gorda o suficiente.Não sei bem se isso que elas querem dizer mais o que eu entendi foi o seguinte ou você tem que ser magra para poderem te chamar de anorexia ou você tem que ser obesa!para se encaixar no padrão plus size brasileiro.
ResponderExcluirOBS:sou gorda tenho 66 quilos e 1,57 mas procuro mudar pois eu vejo na minha família e ate no lugar onde eu vivo o preconceito que os gordos tem com os mais gordos que eles
Sorry os erros de pontuação ou de português
Eu acho que as pessoas deveriam presar o saudavel. Ser magra ao extremo é ruim, ser gordo ( acima do peso) ou obeso é ruim. Cada dia que passa a sociedade, me faz vomitar em várias questões... aff
ResponderExcluirA sociedade tem se mostrado cada vez mais extremista e egoísta. Isso se reflete nas críticas, na não aceitação de mudanças ou nos exemplos que deixam de ser exemplo de algo.
ResponderExcluirÉ muito fácil rotular que pessoas gordas usam X, mas pouco se lembra que há magras que usam o mesmo tamanho, pois os corpos das pessoas são diferentes.
Nunca está bom o suficiente!
;*
Oi, Cecy!
ResponderExcluirEssa é a minha primeira vez comentando aqui. Já li uns textos seus anteriormente, mas esse em especial chamou a minha atenção.
Concordo muito com o que você disse. Acho maravilhosa a ideia de modelos Plus Size, pois representatividade é essencial, mas fico chocada com notícias como a que você divulgou. A mulher não é gorda o suficiente para fazer parte de um movimento? QUE? Isso é tipo dizer que uma pessoa é gorda demais para ser anoréxica. Apenas mostra o nível de ignorância da pessoa sobre o assunto.
Os extremos levam às pessoas a não serem saudáveis, mas ai dessas pessoas se não forem magras ou gordas o suficiente. É tudo tão ridículo. Acho que só não é tão ridículo quanto uma pessoa definir a outra como "normal", por não ser magra ou gorda. Acho válido mandar mais um "QUE?" aqui.
Eu hein.
Um beijo, V.
https://aborboletavalentina.wordpress.com/